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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mastigação: um importante exercício natural

Caros leitores
Para quem sempre pergunta sobre exercícios de fonoaudiologia: sabiam que a mastigação natural, aquela que praticamos diariamente ao nos alimentarmos, ajuda no desenvolvimento das funções orais?
Pois é, e para saber mais sobre isso, hoje temos uma aula sobre a importância da mastigação para o desenvolvimento da criança.
Nossa convidada é a Fga Marileda Cattelan Tomé da Clínica SerFono.
Que tal aprender mais sobre o tema???!!!


Frequentemente, no atendimento de crianças com alterações de fala, aparece a queixa de que as crianças têm preguiça para mastigar.





Essa aparente “preguiça” muitas vezes esconde uma real dificuldade causada pela falta de experiência com diferentes texturas dos alimentos em fases importantes para esse aprendizado. Inicialmente a amamentação dá conta das necessidades básicas dos nossos pequenos, mas passado o período destinado à amamentação exclusiva, a criança apresenta outras necessidades tanto do ponto de vista nutricional quanto da necessidade de amadurecer a cavidade da boca, experimentando outras texturas por meio de diferentes alimentos.

Alguns pais, muitas vezes por falta de experiência, temem pelo risco de engasgos e permanecem além do tempo recomendado amassando ou liquidificando os alimentos, geralmente quando a criança já teria condições de mastigar. Mas por que é tão importante mastigar?

Alem de fatores nutricionais e consequente crescimento e desenvolvimento da criança, a diversidade de alimentos e texturas oferecidos é importante também para o desenvolvimento da arcada dentária e de funções como deglutição, respiração e fala, além da própria mastigação que será tão eficiente quanto forem os músculos responsáveis por ela. A ação dos músculos mastigatórios representa um importante estímulo de crescimento para a face. Quando a criança tem tendência a um padrão facial com musculatura flácida, essa característica será potencializada se a dieta for muito macia, sem necessidade de força. Por isso, geralmente aos 6 meses, após o período da amamentação exclusiva, deve-se começar a oferecer alimentos mais consistentes: papas ralas, em seguida os purês, acrescentando-se aos poucos vegetais amassados com garfo, para que a criança receba novos estímulos orais.

Quando aparecerem os primeiros dentinhos, entram em cena os pedaços de alimentos para que segurem na mãozinha e aprendam a lidar com novas consistências e a quebrar, morder, mastigar. Oferecer alimentos que a criança possa manipular com segurança e também com liberdade é fundamental.

Deve-se lembrar também de não atropelar etapas. Por isso, seguir a recomendação do pediatra, acrescentando alimentos e modificando as consistências, é fundamental. Cada vez mais recebemos crianças com distúrbios da fala e de funções orais cuja principal causa é ter sido privado da experiência da mastigação, do contato com alimentos de diferentes texturas.

A partir daí o que se observa é uma sucessão de eventos negativos aparentes em fala e/ou comportamentos infantilizados, respiração pela boca, alterações da oclusão dentária, etc. Por isso, mastigar é um hábito a ser formado e um importante exercício natural.



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